terça-feira

EDIÇÃO DA VEJA 2182 E QUEDA DO VOO 1907 EM 2006, O QUE SE TEM EM COMUM?

A queda do Boeing da Gol em 29 de setembro de 2006, que matou 154 pessoas depois de um choque com o Legacy da Embraer, deu início a uma crise aérea.

No dia 29, a tragédia dominou o noticiário nacional, com exceção do Jornal Nacional da TV Globo, que deu destaque para as fotos do dinheiro dos petistas destinado à compra do dossiê contra o tucano José Serra. Este foi basicamente o único assunto do telejornal neste dia.


De acordo com a reportagem da revista Carta Capital “A trama que levou ao segundo turno” (edição 415 de 17/10/2006), quando o JN começou, a notícia da tragédia corria o mundo. Às 20h10 o site Terra já havia publicado uma extensa matéria sobre o desastre do avião da Gol que havia partido de Manaus às 15h35, hora de Brasília, e havia desaparecido na região de São Félix do Araguaia, na floresta amazônica, apontando o choque com o avião da Embraer como causa.


Ficou evidente que a notícia foi deixada em segundo plano para que a edição do JN pudesse dar ênfase à divulgação das fotos do dinheiro apreendido pela Polícia Federal que seria usado para comprar o dossiê contra o Serra. A Folha de S. Paulo, O Estado de São Paulo e O Globo dividiram sua primeira página no dia 30 com as duas notícias bombásticas: as fotos do dinheiro e o desastre do avião da Gol.


O interessante é que o Jornal da Band que sempre sai do ar, quando o Jornal Nacional está para entrar .


Agora vejam alguns trechos de conversas, entre delegados e repórteres prontos para dar o escândalo do dia e forçar o segundo turno em 2006.
/ POLÍTICA19/10/2006 - 16h24m - Atualizado em 19/10/2006 - 22h12m










O G1 obteve acesso à íntegra da fita gravada no momento em que o delegado Edmilson Pereira Bruno, da Polícia Federal, entrega aos repórteres Paulo Baraldi, de "O Estado de S. Paulo", Lílian Christofoletti, da "Folha de S.Paulo", Tatiana Farah, de "O Globo" e André Guilherme, da rádio Jovem Pan, as fotos do dinheiro apreendido com os petistas que estavam negociando a compra de um dossiê contra os tucanos. São nove minutos e cinqüenta e quatro segundos de conversa. O áudio está em perfeitas condições.


CLIQUE AQUI E OUÇA A LINDA CONVERSA ENTRE REPORTERES E DELEGADOS. VOCE NUNCA MAIS VAI LER OU OUVIR UMA NOTICIA, DA MESMA FORMA.


FONTE: G1
http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,AA1317305-5601,00.html


Ou seja como em 2006, tudo pode ser criado, ou até desfocado para tentar forçar um segundo turno.


Se houve tráfico de influência na casa Civil, se houve já se sabe que a ex Ministra Dilma nada tinha a ver, já estava longe de lá, mas por que a Revista VEJA só põe coisas em véspera de eleições???
E de se pensar...


Que haja rigor nas apurações, mas que também não se levem em conta opiniões e vereditos dados por jornalistas que se consideram donos da verdade.
Quando IMPARCIALIDADE, nunca estudaram, se forem “jornalistas práticos” não aprenderam ou se forem formados, faltaram a esta aula.

EDITANDO:
Atendendo a pedidos ai vai a integra das conversas, na duvida consulte no google ou no proprio G1.
Delegado Bruno:
- Aqui tá a gravação de todo o dinheiro que tá no Banco Central, de  todo o dinheiro que tá na Caixa Econômica. Eu fui fazer a perícia no dia. Os peritos tiraram as fotos e eu também tirei. Então aqui tem mais ou menos umas doze fotos. Só que não pode aparecer nem o pessoal do Banco Central, que dá para ver uma coisinha, e nem a Protege. A Protege pediu para preservar o nome dela, que se dane. Para provar que o dinheiro é dele, porque vai aparecer um monte de dinheiro sem saber de onde é, porque as cintas são tudo da Caixa, não é mais as cintas dos bancos. E aqui prova que é um milhão cento e sessenta e oito, ó, Caixa Econômica Federal. Não...

Voz feminina de repórter:
- O que é isso?

Delegado Bruno:
- Isso aqui é o dinheiro, ó, que tá na custódia de Caixa Econômica, ó... Isso aqui é da Protege, que tá aqui à disposição da Polícia Federal. Caixa Econômica Federal, ó. É custódia, ó. Fonte custódia, que é o dinheiro...

Voz feminina de repórter:
- Um milhão...

Delegado Bruno:
- Cento e sessenta e oito, que é o dinheiro da, do...

Voz de repórter-homem:
- É o real isso daí.

Delegado Bruno:
- São os reais. Então, aqui... vocês tiram aqui... tiram o nome da Protege.

Voz de repórter-mulher:
- Tá...

Voz de repórter-homem:
- Tá.

Delegado Bruno:
- Para não saber que tá na Protege, vocês fazem uma edição. Eu tenho outros documentos que fala assim PAB Polícia Federal. Se vocês quiserem, eu trago para vocês... porque aqui, ó, Caixa Econômica Federal. E tem outro que tá escrito PAB Polícia Federal, que é de trezentos em trezentos mil os depósitos. Aí eu fiz juntar num malote só... e tem a foto desse malote. Então isso prova que é o dinheiro. Tá. Então tá aqui.

Voz masculina de repórter:
- São quantas fotos? Doze fotos?

Delegado Bruno:
- Tem um monte.

Voz masculina de repórter:
- Isso é cópia, doutor?

Delegado Bruno:
- Não, esse aqui é original. Vocês precisam me trazer duas cópias de volta. Esse é original, ó. E do Banco Central, como é que tá? Tá os dólares... e aí eu coloquei um envelope atrás do Banco Central que tá no meu nome, assim. É... duzentos e cinquenta e oito mil dólares – interessado: Edmílson Pereira Bruno, para provar que é o dinheiro dos dólares, porque quando eu fiz o depósito, eu fiz em meu nome no Banco Central. Inclusive, nos dólares, tem notas novas e velhas. Nas velhas, tem carimbo de doleiro, que a gente vai fazer a perícia para descobrir. Vocês têm que me trazer isso aqui antes do meio-dia, vocês têm que ir em algum lugar tirar cópia...

Voz masculina de repórter:
- Alguém sabe onde a gente pode tirar cópia?

Delegado Bruno:
- Não sei, tem essas duas mídias. Vocês podem passar para essas mídias aqui. E aí, vocês precisam me devolver...

Voz feminina de repórter:
- Aqui não tem nada?

Delegado Bruno:
- Não tem nada. Vocês precisam me devolver.

Voz feminina de repórter:
- Então, vamos levar nessa mídia aí, né?

Delegado Bruno:
- Eu preciso que vocês me devolvam pelo menos uma. Vocês tiram mais cópia para vocês. Eu só tenho uma para vocês todos.

Voz feminina de repórter:
- Não, beleza, a gente...

Delegado Bruno:
- Agora, ele não, que é rádio, né?

Voz masculina de repórter:
- É, eu não preciso.

Delegado Bruno:
- Você não pode divulgar isso até as seis da tarde.

Voz feminina de repórter:
- Não, não.

Delegado Bruno:
- Porque isso aí... alguém que roubou e deu para vocês. Isso aí só vai sair amanhã.

Vozes misturadas de repórteres:
- Melhor ir agora já tirar.

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